Aline Accioly Sieiro - Psicanalista

Categoria: TV (Page 2 of 3)

Queridos amigos

Se toda novela ou série do Brasil tivesse a qualidade que estou apreciando em Queridos Amigos, eu ia me ferrar, porque ia quere ver televisão o tempo todo. E olha que já quero, pra quem tem perfil no Organgotag.com pode ver lá o meu vicio por séries e afins.

Mas, falando de Queridos Amigos, tudo cai bem. O tema, já que sou facinada pelos anos oitenta e por toda aquela juventude do tempo da ditadura. A escolha dos atores não poderia ter sido melhor, gente de primeiro naipe com papéis também muito bem escritos, desenvolvidos e trabalhados.

Devo confessar que a personagem que mais me chama atenção é do da Denise Fraga. Bia, astróloga, sofre tentando ano após ano, esquecer os sofrimentos da tortura que sofreu na época em que foi presa política. O que me chama atenção, primeiro é a atuação da Denise, que passou muito tempo fazendo comédia, e hoje encarna este papel dramático como ninguém. Quando ela aparece, podemos captar no seu olhar o sofrer da Bia, e por uns minutos esquecemos que ela é Denise, e não Bia. Em segundo lugar, a personagem é profunda pois mostra a densidade do sofrimento de alguém que se sente capturada por um momento e simplesmente não consegue seguir em frente. Um sofrimento melancólico que assombra tudo que ela possa tentar fazer para seguir em frente. Nada é capaz de faze-la superar o horror das lembranças e dos fantasmas dos tempos terríveis que passou.

A melancolia resultada de um trauma é uma das piores coisas pra se cuidar e tratar em análise. Tive a oportunidade de ter um caso deste naipe, e digo que, em frente a tamanha dor, que nunca passa, nao importa o tempo, fica dificil criar perspectivas e tirar o sujeito desse lugar de dor, desse momento em que se encontra paralisado, como se o mundo não continuasse a girar. É dificil porque, para essas pessoas, o contato com o horror nunca é superado, ele se transforma em melancolia, e muda a forma como o sujeito olha a si mesmo o mundo. Este passa a viver pela perspectiva do horror vivido, e a vida passa a ser só a espera da morte. O sujeito passa a criar coisas pra fazer e se distrair, para esquecer, pelo menos por alguns minutos o que viveu, esperando que a vida passe logo. São pessoas que tentam de tudo, em busca de respostas, porque no fundo nunca entendem o porque tiveram que sofrer tanto. E, como geralmente esse tipo de sofrimento não tem mesmo explicação, pois costumam ser fatalidades, as respostas nunca aparecem, e a pessoa vive na busca de uma luz no fim do tunel, luz essa que nunca chega pra eles.

Mudando de personagem, outro que gosto muito é o Beny, feito por Guilherme Weber. Sempre que pensava nesse ator, só lembrava de papéis bostas que ele tinha feito. Esse, estou tirando o chapeu. Ele está fazendo um gay com uma atuação bem sutil, que aos poucos vai se mostrando mais, sem cair nos estereotipos usuais. Não dá pra sentir raiva das coisas que ele diz, só pena, pena da dor que ele deve sentir pra ser tão amargo.

Eu ficaria aqui mais algumas horas falando dos outros personagens que também me encantam, mas fica aqui a deixa para que vocês fiquem acordados amanha para assistir um pouco.

Fox

Meu, li essa repotagem num blog que adoro e acompanho, e achei tão importante que vou colocar aqui o que ele escreveu, e o link para o blog dele.

http://leobelferrari.blog.uol.com.br/

O Jornal Nacional de ontem foi histórico. Ele mostrou o depoimento do presidente da Volkswagen “do Brasil”, sr. Thomas Schmall, sobre os acidentes causados pelo automóvel Fox produzidos antes de 2006. Vale a pena ir atrás dele e também comprar o jornal O Globo de hoje para ler a excelente reportagem de Eduardo Sodré sobre esse tema. No Brasil, é muito comum se culpar a política de tudo. Por que o preço do carro é tão alto? “São os impostos”, grita a indústria. Por que não há mais itens de segurança? “São os impostos”, berram as empresas. É um país muito condescendente com as empresas e empresários, principalmente se forem de outros países. Por exemplo, a indústria farmacêutica deita e rola no Brasil. Nos Estados Unidos onde ela leva processos milionários de consumidores prejudicados, ela pia fino. No Brasil não. Ela faz o que quer, do jeito que quer e ainda é bem recebida onde quer que vá. Ninguém pergunta nada, ninguém cobra responsabilidade de nada, ninguém percebe coisa nenhuma. Não ontem no Jornal Nacional. Em primeiro lugar, em qualquer outro país do mundo exige-se que o presidente de uma empresa fale a língua do país. É óbvio. Pois o presidente da Volkswagen “do Brasil” fala tudo, menos português. Eu só queria ver ele falando um inglês “macarrônico” lá nos Estados Unidos. Bom, em segundo lugar, o “recheio”, o “conteúdo” do discurso desse presidente foi de lascar. Ele negou, diversas vezes, que o “produto” da Volkswagen, o Fox, tivesse qualquer problema. Pior. Ele deixou claro que tudo está advertido no manual do proprietário do veículo – ou seja, é o burro do “consumidor”, que não sabe ler direito, o culpado. É um escândalo escutar uma declaração dessas. Ela é de uma arrogância, de uma prepotência e de uma imbecilidade gigantesca. Pior. Essa declaração revela um problema ético fundamental, que é a impossibilidade do sujeito – e da empresa – de assumir a responsabilidade pelo mal feito. É um escândalo saber que o mesmo automóvel, fabricado para a Europa, é totalmente diferente. Pior ainda. É um escândalo saber que a própria montadora sabia disso desde 2004 quando começou a receber as primeiras reclamações e os primeiros relatos de acidentes com o modelo. Pior ainda. É um escândalo saber que a partir de 2006 a própria montadora mudou o modelo brasileiro – sem avisar, sem alertar, sem fazer “recall” dos modelos 2004 e 2005.
A Volkswagen “do Brasil” não é a mesma da Alemanha. E isso revela um outro problema ético. Parece que, ao cruzar o oceano, essa empresa acreditou que por aqui, vale tudo. Ontem foi o dia em que isso ficou bem claro – nas palavras do próprio presidente. Está na hora dos brasileiros responderem. O que se deve fazer com uma raposa sanguinária, burra e prepotente? Ou será que depois de perder os anéis pagando as suaves prestações, estaremos dispostos a entregar também os dedos? Escrito por Leonardo Ferrari às 07h54

Idol

Quando as pessoas vão no American Idol e cantam muito mal, e ficam extremamente tristes ao perceber que não cantam bem, isso é triste. Porque a pessoa realmente acredita que canta bem, e nao consegue se escutar, e nao consegue perceber que é ruim cantando. Trazendo essa situação pra nosso cotidiano, será que muitos vezes achamos que somos bons em alguma coisa que fazemos e no fundo somos péssimos? Como anda nossa auto-percepção acerca do que fazemos, do que somos bons, ou do que só somos apaixonados mas sem futuro? Que nos julgara?

A psique

Pessoal pensa que só porque é psicólogo ou psiquiatra que é perfeito. Ser um desses siginifica que a pessoa é perfeita, não tem nenhum problema, não tem nenhum trauma, não tem nenhuma questão pessoal sem resolução. Ou ainda não tem direito de dar ataque, ter ciumes, ter medo, ter inveja, gritar, desabelar, enloquecer de vez em quando.

Sinto informar que, FELIZMENTE, quando somos psicólogos continuamos sendo seres humanos, ou seja, continuamos sentindo e vivendo tudo como os outros. Se a psicologia muda alguma coisa? Muda, e muuuito, mas não porque a estudamos só, e sim porque geralmente quem estuda faz sua própria análise, e assim passa a lidar melhor com suas proprias questões e afins, e assim se torna apto, em certo momento, a atender outras pessoas e ajudá-las com suas questões.

Então, o que faz um bom psicólogo? Não é um ser humano perfeito, curado, porque isso não existe, tenho certeza. Mas com certeza alguém que está sempre apto a aprender muito de si mesmo e dos outros, com os outros, sempre.

Digo isso porque essa semana vi o psiquiatra do BBB “enlouquecer” e um dos participantes, e metade do Brasil dizia “nossa, mas quem vai querer ser paciente desse cara, que deu esse ataque?” Junto a isso, eu mesma essas ultimas semanas estou as voltas com minha parte exibicionista, no ensaio nu da revista. E ai que acho importante reforçar que todos, TODOS mesmo temos nossas questões, e continuaremos a ter, sempre, porque somos seres humanos, sempre, independente da profissão.

Skins

Eu já tinha me esquecido como essa série é boa demais. Você gostava de Dawason’s creek? The OC? Ficam no chinelo. Skins é a série adolescente que não é adolescente e que fala da realidade atual. É assim que é ser jovem hoje, de verdade. É louco, apaixonante. Fevereiro começa segunda temporada!

Assistam, de verdade.

Wiki: Skins é um drama inglês, do canal de tv Channel 4 que conta a história de um grupo de amigos entre 16 e 18 anos, que vivem em Bristol. O grupo inclui Tony, um atraente e popular garoto, sua namorada Michelle, um garoto muçulmano chamado Anwar, um jovem gay (Maxxie), Cassie, uma garota com transtornos alimentares, Sid, um garoto desesperado para perder sua virgindade, Jal, uma garota inteligente e privilegiada, mas com problemas familiares & Effy, uma garota drogada e bêbada, que é irmã de Tony. A série teve sua primeira temporada concluída com 9 episódios. E terá sua segunda temporada exibida no Reino Unido no dia 14 de Fevereiro de 2008, que só terá 10 episódios. A série já foi considerada “A Febre Teen do Momento” pela Revista Capricho. O jornalista Luíz Ribeiro disse à Revista que “Skins faz Malhação, da Rede Globo, parecer novela para crianças de 7 anos”. No Brasil a série é exibida no canal pago HBO Plus, Terça-Feira às 22h00. Porém a segunda temporada vai demorar à ser exibida por aqui, por isso a maioria que assiste baixa da internet. A sua cominidade no Orkut após a reportagem na Revista, aumentou absurdamente o número de membros.

Site oficial: http://www.e4.com/skins/

Queridos amigos

As chamadas dessa nova série chamam atenção. Pode ser porque fala da época da ditadura, e isso me chama sempre muita atenção, ainda tenho que pensar porque, mas tambpem pode ser porque parecem ser amigos muito unidos e íntimos juntos, e eu cultivo muito amizades assim, apesar de ultimamente ter bem poucas…

da novela

“Se eu fosse escolher entre amar sem ser amado ou ser amado e não amar
Eu escolheria amar sem ser amado, porque dar amor, só isso já é um estado supremo de felicidade.” – Disse o tony ramos para vera fisher no ultimo capítulo da novela laços de familia. Bonito não?

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