Eu choro toda vez que assisto esse filme. Alias, chega uma hora que não paro mais de me emocionar. É muito bonito ver o trabalho de uma pessoa tentando se livrar de seu sintoma, de suas loucuras.

O filme fala de uma esquizofrenia, mas é possivel fazer um paralelo com o trabalho de análise. Como ele, chegamos num ponto em que sabemos do nosso sintoma, mas simplesmente não conseguimos nos livrar dele. Porque sempre tem algo bom junto. A cena que ele se despede do amigo e da menina e diz: Olha, você foi um grande amigo, mas não vou mais conversar com você. Essa cena mostra o exato momento no qual ele decide não mais se deixar levar pelas coisas boas do seu sintoma. Mas o sintoma não o deixa. Continua com ele ate o fim da vida. E assim é também a análise. O Sintoma nunca nos deixa, fica sempre junto com a gente. O que fazemos e não nos deixar enloquecer por ele.

Uma outra cena, em que ele insistentemente vai para a faculdade, e todos o acham estranho, todos tiram sarro dele. Mas mesmo assim ele persiste. E não é assim com todos nós, quando vamos procurar um psicólogo, as pessoas a nossa volta não entendem, não concordam e acham isso estranho. Mas insistimos para que algo de bom aconteca no final.

Me emociono toda vez que vejo esse filme porque acho bonita a luta dele contra ele mesmo. E isso também é muito bonito de se ver em análise. Brigramos o tempo inteiro com coisas que estão dentro de nós mesmos. E como é dificil essa luta. E como é bonita e recompensante no final.